segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Resenha de Show: Arkhan - Cataguases/MG



Arkhan
Centro Cultural Humberto Mauro – Cataguases/MG
15 de Agosto de 2015
Por Leandro Vianna – Fotos: Leandro Vianna


Estar envolvido com Metal no Brasil não é das coisas mais simples. Além de claro, o mesmo não ser um estilo consumido pelas massas, ainda sofre-se com um acomodamento cada vez maior de uma parcela do público cativo do estilo. Isso se reflete principalmente na vendagem de cd’s e na pouca presença de público em shows, principalmente no que se refere a bandas nacionais. No caso da Arkhan, são 18 anos batalhando no underground nacional, enfrentando todas aquelas dificuldades que são bem conhecidas por todos que vivem nesse meio.


Pouco depois das 21 horas do dia 15 de Agosto de 2015, a Arkhan sobe ao palco e toca os primeiros acordes desse que foi o show de lançamento de seu primeiro cd (resenha aqui). Nesse momento, imaginei o filme que deve ter passado na cabeça de seus integrantes, principalmente de seu fundador, vocalista, guitarrista e único integrante da formação original, Mauro Souza (ou Maurinho, para os amigos), que apesar de todas as dificuldades, sempre manteve o fogo da Arkhan aceso. Verdadeiros batalhadores. Acima de tudo, esse show foi uma celebração de toda a carreira da banda. Quem compareceu no Centro Cultural Humberto Mauro naquela noite de sábado, teve a oportunidade de ver uma banda muito bem entrosada, afiada sobre o palco (apesar de estarem estreando o novo baixista, Fábio Reis, que substituiu Washington Amaro), desfilando sua mescla de Classic Rock, Metal e Rock and Roll e que se mostra mais do que pronta para alçar voos mais altos. Além de músicas do cd de estréia, como “Que Venham os Abutres”, “Recomeço”, “O Seu Pássaro”, “Amargo”, “Cárcere” ou a bela “A Minha Solidão”, algumas faixas inéditas (“O Vento Não Leva Você” deveria ter entrado no CD, de tão boa que é) e covers de bandas como Black Sabbath, Metallica, Pink Floyd, Nirvana e Raimundos, que marcaram a carreira da banda, principalmente em seu início e que fizeram aqueles que como eu, acompanharam essa caminha desde o início, voltassem no tempo e se sentissem nos saudosos shows do Museu. Ao final da apresentação, confesso, bateu aquele saudosismo e a vontade de viver tudo aquilo novamente.


Como escrevi há alguns meses atrás ao resenhar o cd, a primeira vitória havia sido conquistada e que ela se repetisse nas demais batalhas que se seguiriam. Pois bem, aqui mais uma etapa foi superada, o que certamente renova as forças do quarteto formado por Maurinho (Vocal/Guitarra), Jheison Motta (Guitarra), Fábio Reis (Baixo) e Bruno Rodrigues (Bateria). O futuro se descortina diante da Arkhan, o caminho certamente não será dos mais fáceis e desafios e obstáculos irão surgir aos montes, mas o que presenciei por cerca de 1 hora e meia sobre o palco do CCHM, me dá a certeza que esses caras vão passar por cima de tudo que atravessar o seu caminho. E que venham mais 18 anos pela frente, com muitos cd’s e shows para contar história.



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