quinta-feira, 4 de setembro de 2014

In Flames – Siren Charms (2014)




In Flames – Siren Charms (2014)
(Sony Music – Importado)

01. In Plain View
02. Everything Is Gone
03. Paralysed
04. Through Oblivion
05. With Eyes Wide Open
06. Siren Charms
07. When The World Explodes
08. Rusted Nail
09. Dead Eyes
10. Monsters In The Ballroom
11. Filtered Truth

Minha relação com o In Flames foi de paixão a primeira audição. Isso lá em 1996, quando conheci a banda através do magistral The Jester Race. Depois disso, mais dois ótimos álbuns em sequência, Whoracle (97) e Colony (99) e eles entraram definitivamente no meu Top 5 de bandas preferidas. Ao contrário de muitos fãs mais antigos, não sou desses que abomina a banda pós-Reroute To Remain (02), já que sempre admirei a capacidade do In Flames em não se manter estagnado e procurar estar sempre se renovando, mesmo que isso o tenha feito lançar alguns trabalhos bem medianos e sem o brilhantismo de outrora.
Mas existe uma diferença grande entre gostar do que foi lançado de 2002 para cá e aprovar Siren Charms, décimo primeiro trabalho de estúdio dos suecos. Sounds of a Playground Fading (11) já havia dado alguns motivos para preocupação, por possuir vários momentos excessivamente americanizados, mas de forma alguma eu estava preparado para o que vim a escutar nesses pouco mais de 44 minutos de audição. Durante boa parte do trabalho, o que você irá ouvir é um Rock/Metal Alternativo totalmente voltado para o mercado americano e que vai te remeter a nomes como Linkin Park, Korn e, não estou ficando louco, bandas do porte de um Creed ou Nickelback. Não acredita? Experimente escutar “With Eyes Wide Open” e “Siren Charms” e diga se não poderiam estar em qualquer álbum das duas bandas citadas. Constrangedoras para uma banda com a história do In Flames. Para não dizer que tudo aqui é descartável, em alguns momentos o instrumental até demonstra certa força, como em “In Plain View”, “Everything Is Gone”, “Rusted Nail”, “Monsters In The Ballroom” ou “Filtered Truth”, mas mesmo nesses casos, falta impacto as músicas. Em grande parte isso se dá por responsabilidade de Anders Fridén (quem diria!). Abusando dos vocais limpos e um tanto chorosos (além de irritantes), ele só solta a voz nos refrãos, o que é muito pouco em se tratando de um vocalista de seu porte. O fato de a banda ter entrado em estúdio sem nenhuma música realmente finalizada e ter realizado todo o processo de composição e gravação em apenas 6 semanas, parece também ter pesado muito aqui, já que em muitos momentos, boas idéias se perdem no decorrer das músicas. Vide “When The World Explodes”, que começa promissora, mas se perde a partir da metade com barulhos eletrônicos e um vocal feminino.
Se um dia o In Flames esteve entre as bandas fundadoras do Death Melódico, hoje em nada lembram seu passado. Modernoso e focado única e exclusivamente em conquistar o mercado norte-americano, Siren Charms vai agradar em cheio os fãs que a banda conquistou de 2002 para cá, principalmente aqueles que aprovaram seus dois últimos trabalhos. Agora, se você não se encaixa nesse grupo e quer guardar na memória os bons tempos da banda nos anos 90, passe longe desse trabalho. Como finalizar essa resenha? Simples. Aqui jaz o In Flames.

NOTA: 4,0




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