terça-feira, 13 de maio de 2014

Slasher – Katharsis (2014)




Slasher – Katharsis (2014)
(Independente - Nacional)

01. Katharsis
02. Disposable God
03. Overcome
04. Final Day
05. Face The Facts
06. Jamais me entregar
07. Hostile
08. Sufocatted (MOSH cover)
09. All Covered In Blood

Quando do lançamento de se debut, Pray for the Dead, no ano de 2011, os paulistanos do Slasher já haviam mostrado um bom potencial. Ainda sim, juro que eu não estava preparado para o que escutei após colocar seu novo trabalho, Katharsis, para audição. A evolução da banda nesse espaço de três anos foi algo incrível, tanto no quesito técnica quanto em matéria de peso e agressividade. Fora isso, a entrada do vocalista Skeeter fez um grande bem à banda, pois o mesmo se mostra gabaritado para estar entre os melhores do estilo no Brasil.
A Slasher pratica um Thrash Metal moderno, absurdamente pesado e tão agressivo que em certos momentos, chega a resvalar de Death Metal, mas ainda sim com uma agradável dose de melodia em seus solos. E ai, sinceramente, só o fato de já terem fugido daquele clichê de Thrash Metal Old School que a maior parte das bandas que venho escutando tem apostado, já fez com que o Slasher ganhe muitos pontos comigo. Para que o prezado leitor possa se localizar, em alguns momentos a banda me remeteu ao atual trabalho do Testament, mas passando a milhas de distância da simples emulação. Outro ponto a favor é a grande variação presente no trabalho, pois conseguem alternar momentos mais velozes com outros mais cadenciados, sempre com muito peso e agressividade, não deixando em momento algum a audição de Katharsis cansativa. Maiores destaques aqui vão para “Disposable God”, “Overcome”, “Final Day”, “Hostile” e “All Covered In Blood”. A produção, a cargo do renomado Tue Madsen (Vader, Behemoth, Moonspell, Dark Tranquility, Kataklysm, dentre outros) conseguiu deixar tudo muito cristalino, mas ao mesmo tempo com uma sonoridade orgânica e brutal, como deve ser em um álbum de Thrash Metal. A arte da capa, belíssima, expressa bem a musicalidade do álbum e ficou a cargo do artista francês Stan. W. Decker.
Em Katharsis, o Slasher conseguiu demonstrar não só um crescimento e maturidade impressionantes como também muito profissionalismo, fazendo um trabalho que não fica nada a dever a muita coisa lançada lá fora. E isso, unido a grande qualidade das suas músicas, os credencia a vôos muito mais altos, não só no Brasil quanto no exterior. Sem dúvida, um dos melhores trabalhos lançados no Brasil nesse ano de 2014.

NOTA: 8,5








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