quinta-feira, 29 de maio de 2014

Scourge – Hate Metal (2013)




Scourge – Hate Metal (2013)
(Cogumelo Records – Nacional)

01. Intro - Sentenced to Die
02. The Bread That God Crushed
03. Angels of Wrath
04. Orgy in Paradise
05. Sacrifice of the Dead
06. The Ancient Ritual of Death
07. My Hate, My Dreams, My Revenge
08. Hate Metal

Minas “Hellrais” é um verdadeiro celeiro de bandas de Metal extremo no Brasil e o Scourge é mais um nome que vêm se juntar a lista. Hate Metal, trabalho lançado no ano passado, veio suceder o bom ...on the Sin, Death, Lust and Hate, de 2010, e apresenta grandes avanços com relação ao álbum de estréia. Tal fato até me surpreendeu levando em conta a profunda reformulação que a banda sofreu, restando apenas o baixista e vocalista Juarez Távora (ex-Cirrhosis, ex-Tributo ao Sarcófago) da formação do álbum anterior.
A proposta básica aqui é fazer aquele Death Metal Old School bem característico da cena mineira e que me remeteu diretamente ao Sarcófago, o que é uma grande qualidade. Pesado e agressivo como toda banda nessa linha deveria ser, o trocadilho acaba sendo inevitável e poucas vezes vi um título de Cd combinar tão bem com seu conteúdo. Duas coisas me chamaram bastante a atenção durante a audição: as musicas estão mais variadas, não dando assim a mínima chance para que o trabalho soe enjoativo ao ouvinte e pude perceber que o Scourge adicionou uma leve pitada de melodia as suas músicas, através dos ótimos solos de guitarra. Ponto para eles! O Vocal de Juarez está bem áspero e agressivo e a cozinha faz um ótimo trabalho segurando muito bem o tranco lá atrás. Esse trabalho conta com participações mais do que especiais, um verdadeiro Dream Team de vocalistas do metal mineiro: Wagner Antichrist (preciso mesmo dizer quem é?), que participa da faixa “The Bread That God Crushed” (um dos destaques do álbum), além de Fernando Lima (Drowned), também responsável pela arte da capa, Manu Joker (ex-Sarcófago, Uganga) e Rodrigo de Carya (Lustfull). Outros destaques aqui ficam por conta de “Orgy in Paradise”, “Sacrifice of the Dead”, “Angels of Wrath”, “My Hate, My Dreams, My Revenge” e a faixa título, a melhor de todo o trabalho.
Escutar Hate Metal me fez viajar no tempo e lembrar o meu início no mundo do Metal. Intenso, pesado e exalando ódio a cada segundo, esse é um presente para aqueles adoradores do bom e velho jeito mineiro de se fazer Death Metal, sem o mínimo espaço para qualquer tipo de modismo.

NOTA: 8,0






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