quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Violator – Scenarios of Brutality (2013)




Violator – Scenarios of Brutality (2013)
(Kill Again Records - Nacional)

01. Echoes of Silence
02. Endless Tyrannies
03. Dead to This World
04. Respect Existence or Expect Resistance
05. Waiting to Exhale
06. Death Descends (Upon This World)
07. Colors Of Hate
08.
No Place for the Cross
09. Unstoppable Slaughter

A onda revival pela qual passou o Thrash na última década rendeu ótimos nomes para a cena, mas também gerou um grande número de bandas pra lá de genéricas e que se preocupavam apenas em emular os grandes nomes do gênero da década de 80, sem apresentar qualquer traço de identidade própria em sua música. Dentro desse panorama, os brasilienses do Violator sempre se enquadraram no primeiro grupo, apresentando um trabalho com os dois pés fincados no Thrash oitentista e se destacando pela alta qualidade de seu trabalho, consolidando seu nome não só Brasil como também no exterior.
Sendo assim, após um hiato de três anos, não soa exagero dizer que Scenarios of Brutality era um dos álbuns mais aguardados pelos fãs do estilo. Apresentando um trabalho de altíssimo nível, o Violator fez essa espera valer a pena. Seu som continua intenso, apresentando um Thrash sem concessões e totalmente na linha oitentista que sempre marcou a sua carreira, mas ao mesmo tempo conseguiram sair da sua zona de conforto, apresentando alguns novos elementos que em nada descaracterizam sua sonoridade. Sua música agora está mais bem trabalhada e diversificada, alternando momentos mais velozes com outros mais cadenciados. Mais bem estruturadas, suas composições ficaram mais refinadas, mas sem perder a qualidade e a insanidade que os caracteriza. “Echoes of Silence” abre o álbum em uma explosão de energia e crueza, totalmente frenética e indo diretamente ao ponto. Daí em diante é pedrada atrás de pedrada. “Endless Tyrannies” surge veloz e violenta, enquanto “Respect Existence or Expect Resistance” tem um refrão pra lá de fodido. “Colors of Hate” vai fazer você sair batendo cabeça pela sala e deixar seu pescoço em frangalhos e “No Place for the Cross” apresenta um riff inicial simplesmente fantástico. O massacre se encerra com a contagiante “Unstoppable Slaughter”, outra pedrada de impressionar.
Outro aspecto que tem que ser destacado aqui é a belíssima produção, que ficou a cargo do alemão Andy Classen (Destruction, Tankard, Dew-Scented, Krisium e muitos outros). Ele conseguiu deixar a musica do Violator absurdamente pesada e violenta, mas totalmente audível e tudo isso sem perder aquele ar anos 80 do som. Coisas que só as atuais e modernas técnicas de gravação e um produtor de ponta conseguem fazer. A aposta em gravar pela primeira vez no exterior se mostrou mais do que acertada por parte do Violator.
Em um ano que Lost Society, Gama Bomb, Sodom e Ultra-Violence lançaram ótimos álbuns de Thrash, o Violator chega metendo o pé na porta e quebrando tudo, lançando aquele que deve ser o melhor Cd do estilo no ano de 2013 e botando a concorrência para correr. Esse não só é o melhor trabalho de toda a sua carreira como também um dos trabalhos mais marcantes da história do Metal Nacional. Simplesmente imperdível!

NOTA: 9,0





Um comentário:

  1. Violator Showing the Trash did not die, serve as an example for some bands that were great admiration in the past decades and now simply fell in little musical production. Thrashmaniacs!!

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